quinta-feira, 24 de junho de 2010

De filho do Hamas à Filho de Deus





O Livro

Desde a infância, Mosab Hassan Yousef viveu nos bastidores do grupo fundamentalista islâmico Hamas e testemunhou as manobras políticas e militares que contribuíram para acirrar a sangrenta disputa no Oriente Médio. Por ser o filho mais velho do xeique Hassan Yousef, um dos fundadores da organização, todos acreditavam que ele seguiria os passos do pai.

Às vésperas de completar 18 anos, movido pela raiva e pelo desejo de vingança, Mosab decide assumir um papel mais ativo no combate a seus opressores e acaba sendo preso e levado para o mais terrível centro de interrogatórios israelense.

Depois de dias sob tortura, ele recebe uma proposta do Shin Bet, o serviço de inteligência interno de Israel: sua liberdade em troca da colaboração para identificar os líderes do Hamas responsáveis por ataques terroristas. A princípio, considera a oferta absurda. Afinal, como poderia trair sua religião e seu povo e ajudar seus inimigos?

Filho do Hamas é o relato impressionante do caminho inesperado que Mosab resolve seguir ao questionar o sentido de um conflito que só traz sofrimento para os inocentes, sejam eles palestinos ou israelenses.

No livro, ele revela como se tornou espião do Shin Bet, narra passagens da vida dupla que levou durante 10 anos e fala das escolhas arriscadas que fez para conter a violência de uma das organizações terroristas mais perigosas do mundo.

Esta é também uma história de transformação pessoal, uma jornada de redescoberta espiritual que começa com a participação de Mosab num grupo de estudos bíblicos e culmina na sua conversão ao cristianismo e na crença de que “amar seus inimigos” é o único caminho para a paz no Oriente Médio.

"Há mais de cinco décadas, a paz no Oriente Médio tem sido o Santo Graal de diplomatas, primeiros-ministros e presidentes. Os novos rostos que surgem no cenário mundial acreditam ser capazes de resolver o conflito árabe-israelense. No entanto, todos fracassam por completo, como seus predecessores.

O fato é que poucos ocidentais conseguem entender as complexidades dessa região e de seu povo. Porém eu consigo, em razão de uma perspectiva totalmente singular: sou fruto dessa região e desse conflito. Sou filho do Islã e de um homem acusado de terrorismo. Mas também sou um seguidor de Jesus.

Antes de completar 21 anos, vi coisas que ninguém deveria ver: pobreza abjeta, abuso de poder, tortura e morte. Testemunhei dos bastidores as negociações de líderes supremos do Oriente Médio que são manchete nos jornais de todo o mundo. Desfrutei da confiança dos mais altos escalões do Hamas e participei da Primeira Intifada. Fui preso e fiquei encarcerado nas entranhas da mais temida prisão de Israel. E, como você ficará sabendo, fiz escolhas que me tornaram um traidor aos olhos do povo que amo.
Essa jornada improvável me fez passar por lugares obscuros e me deu acesso a segredos extraordinários. Nas páginas deste livro, finalmente revelo alguns desses antigos segredos, expondo fatos e processos que, até agora, eram do conhecimento de poucas pessoas misteriosas.

A revelação dessas verdades provavelmente propagará ondas de choque em certas regiões do Oriente Médio, mas espero que também traga conforto às famílias de muitas vítimas desse conflito interminável e as ajude a pôr um ponto final em seu sofrimento."
                                                                                                                                                                                                                                  MOSAB HASSAN YOUSEF

Em uma entrevista do autor do livro ao jornalista Duda Teixeira da VEJA, ele faz dentre algumas declarações, essas:

"Agora que você se converteu ao cristianismo, como enxerga as diferenças entre o Corão e a Bíblia? Não é justo comparar os dois livros. O Corão está cheio de ódio, de ignorância, de erros. Não tem ética. É um livro doente que deveria ser banido das escolas, das bibliotecas, das mesquitas. A Bíblia, por outro lado, tem Jesus Cristo, que foi perseguido, torturado, e mesmo assim continuou amando as pessoas e seus opressores. Os dois livros têm deuses completamente diferentes. Um, o do Islã, é o do ódio. O deus da Bíblia é o do amor. Muitas coisas que fiz durante o meu trabalho com o Shin Bet foram inspiradas pelos ensinamentos de Jesus Cristo. Tenho um amor incondicional por ele. Cristo é o meu herói.

'Mas a Bíblia também foi usada para justificar torturas e mortes durante a Inquisição, por exemplo. Ok... Mas essas coisas foram feitas por pessoas que não entenderam a principal mensagem da Bíblia. Não compreenderam as falas de Jesus Cristo, que é o nosso maior exemplo. O amor incondicional de Jesus não é um capítulo separado do livro, mas sua principal mensagem".

É interessante notar algo em comum entre os antigos apóstolos e os modernos discípulos de Cristo. O amor que emana em si mesmo de acordo com a corroboração de cada um a esse amor.

Na verdade quem perde com a violência nesse conflito é o próprio ser humano na sua mais íntima individualidade. Como ele bem destacou: “os humanos sao o combustivel desse ciclo de violencia sem fim”. Na sua fala em uma outra entrevista havia dito que: “eu queria matar judeus pela gloria da organização”. Organização esta que ele qualificou muito bem quando disse que o maior problema eram os espíritos maus que influencia e distorce qualquer entidade humana que esteja distante do verdadeiro amor de Deus. Os três objetivos de Satanás é :”matar, roubar e destruir”. E ele faz isso direta ou indiretamente através de qualquer aliança ou organização cujo principal propósito não seja o de promover a glória do Criador e amor ao seu semelhante, que são criaturas Suas...

Rogério Franco

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Palanque ou púlpito?

(Rogério Franco)

Chega o ano eleitoral, os cultos evangélicos se mesclam entre a Palavra da Salvação e a palavra da eleição. Nos anos eleitorais deixamos de distribuir folhetos evangelísticos para distribuir santinhos imaginando que em um curto período de tempo existem coisas importantíssimas para se fazer do qual até o céu se torna cúmplice. Como se as miríades de anjos parassem para observar algo acontecendo na terra de tamanha importância que a Palavra de Deus acaba sendo marginalizada.

A questão que quero levantar não é desmerecer o assunto sobre quem governará o país, mas de sentir um desgosto na alma de ver a única fonte de salvação da humanidade se sujeitar a tanta mentira e hipocrisia.

Quero criticar a ética desses candidatos que se pudessem venderiam a alma para ganhar o poder. Mas me concentro mais ainda com relação aos pastores medíocres que se vendem por nada. Me envergonha saber que são esses que formam as opiniões dos incrédulos sobre a igreja.

Pastores, não são vocês que deveriam alimentar as ovelhas? Vocês estão fazendo como um criador de porcos faria, “uma lavagem aos porcos”. Quando na verdade deveria convidar aos remidos e aos candidatos a maior eleição de todas, sentar a mesa do Rei e se alimentar de Suas iguarias.

Jesus disse apascentem as minhas ovelhas, e estão entregando os púlpitos a oportunistas que até aceitam a Jesus e se deixar, falam “línguas nas pentecostais”, pregam “prosperidade nas neo-pentecostais” e falam com “formalidade aos tradicionais” para receber a graça do povo.

Fiquei estarrecido quando vi dois candidatos se aproveitando de cultos lotados para vender “seu peixe”
:
Segundo o Yahoo Notícias, “Ela cobriu de elogios a Igreja Evangélica Assembleia de Deus e seu presidente, José Wellington Costa, num culto em comemoração ao aniversário do líder religioso, diante de uma plateia de 4 mil fiéis, num templo da capital paulista”.



Falando para mais de 40 mil pessoas no sábado, no Congresso dos Gideões em Camboriú, o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, pediu orações aos cristãos do 28º Congresso de Missões dos Gideões para ganhar sabedoria ao desenvolver seu projeto político para o País.


Fica aqui a minha indignação. Políticos usem os comíssios, não os cultos... Caros pastores, usem os púlpitos com ousadia para que as almas sedentas encontrem descanso. Não temam o que pode fazer o homem, pois Jesus prometeu “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevaleceram contra ela”... O que socorre a igreja não é o favor do político, mas a grande mão de Deus...

terça-feira, 4 de maio de 2010

O Toque de Jesus

O toque de Jesus (Jilton Moraes)




Macias mãos de criança,

que na manjedoura nasceu...

Pequenas mãos: divino-humanas,

cujo toque nos faz ver o amor de Deus.



Sábias mãos de adolescente,

com os doutores a conversar...

E que crescem para a boa-nova,

com seu toque, ao mundo anunciar.



Humildes mãos de carpinteiro:

Lavrando a tora, aplainando a madeira...

Mãos calejadas, mãos adestradas,

têm o toque que marca a vida inteira.



Santas mãos do Homem de Nazaré,

pregando e ensinando a vida...

Elas abençoam, perdoam

e com o seu toque dão aos mortos vida.



Puras mãos do Deus feito homem,

pelos homens gastando estão...

E para a fome do pobre saciar,

com o seu toque abençoam e multiplicam o pão.



Sublime mãos do Mestre Jesus,

grandes sinais a realizar...

Purificam leprosos, curam cegos,

e com seu toque fazem coxos andar.



Calejadas mãos de trabalhador,

carregando a cruz em meu lugar...

Elas sofrem para me dar alívio,

e tem o toque, vida eterna dá.



Sofridas mãos do crucificado,

pregadas na cruz para morrer...

Cravadas, sangrentas, traspassadas,

mas têm o toque, faz o morto reviver.



Gloriosas mãos do Filho de Deus,

Tantos homens e mulheres tocar...

Mãos que reabilitam, libertam, capacitam

e têm o toque que nos motiva o caminhar.